Foi pelas mãos do meu tio que, após saber que eu me estava a interessar por fotografia analógica, resolveu dar nova vida à sua Canon AE-1 e oferecer-ma.
A minha AE-1 é a primeira versão e não veio sozinha. Trouxe consigo a sua 50mm f/1.8, um Canon Winder A, bolsa, um exposímetro externo e mais alguns extras que me tem ajudado nestes inícios. O exposímetro então já me tem sido muito útil para testar e utilizar outras câmaras mais antigas.
Por comparação com a Canon FTb-N, esta é uma máquina já mais recente e avançada pois tem alguma automação, permitindo inclusive tirar fotografias com prioridade à velocidade. Acompanhada do Winder, acessório inexistente na antecessora, consegue “derreter” filme a uma velocidade de duas exposições por segundo bastando para tal deixar o dedo no botão de disparo. Se não utilizarmos este acessório torna-se também por comparação uma câmara mais leve e pequena dada a sua construção em plástico.
Outra vantagem da AE-1 é vidro de focagem ser bipartido. É algo que me possibilita focar manualmente com mais precisão, apesar de sentir que às vezes demoro um pouco de mais tempo a conseguir encontrar o ponto perfeito.
A Canon mudou os materiais de construção de metal para plástico o que lhe permitiu tornar-se mais competitiva, criar câmaras mais leves, mas também trouxe desvantagens. Em termos de robustez, esta é claramente uma opção menos sólida e para o demonstrar está a tampa da bateria da minha que já apresenta uma pequena rachadela. Apesar da minha se encontrar em relativo bom estado de funcionamento, encontram-se online vários relatos de irmãs com problemas de desgaste.
Estas Canon AE-1 e a FTb-N são as duas analógicas que mais me acompanham, talvez pela facilidade em trocar objectivas entre elas. Sinto que cada uma tem as suas vantagens e desvantagens: se por um lado gosto da leveza e pouca automação da AE-1, por outro gosto do tacto e considero que em modo manual a FTb-N é mais fácil de operar.