A minha Canon FTb-N

Canon FTb-N - Canon Camera Museum
Imagem do museu Canon

Esta é a minha primeira review a uma das minhas câmaras e assim sendo faço questão de falar da câmara que me fez fotografar em analógico: a Canon FTb-N.

Este exemplar em particular está já nas minhas mãos à alguns anos pois era do meu pai. Foi comprada em segunda mão e serviu como nossa câmara de família durante vários anos até ser substituída por uma point and shoot que todos soubéssemos operar.

Após ter descoberto a Máquinas de Outros Tempos devido a uma objectiva M42 que me chegou avariada através do eBay, decidi levar lá esta relíquia e ver o que conseguia fazer dela. Tiraram-me a goma dos contactos da pilha, aparentemente um problema comum e ficou pronta a fotografar.

A Canon FTb-N é uma SLR que começou a ser fabricada em 1973 e veio substituir o modelo FTb introduzindo poucas alterações. Tal como a sua antecessora, é uma das primeiras câmaras a utilizar o sistema de encaixe FD que prevaleceu durante praticamente duas décadas e para o qual existe uma grande oferta de objectivas que, por serem incompatíveis com o sistema EF actual, se conseguem adquirir hoje em dia por valores bastante modestos.

É um modelo inteiramente mecânico servindo-se apenas de uma pilha PX625 ou similar para o fotômetro TTL o que nos permite tirar sempre fotos mesmo quando esta ajuda não está disponível. Não possui qualquer modo automático nem de prioridade, sendo o fotógrafo quem tem de definir o que pretende, auxiliado pelo sistema de agulha e argola do fotômetro.

Esta Canon FTb-N é uma câmara que me dá prazer utilizar. Sentir todo o movimento, o avanço do filme, controlar facilmente a exposição sem perder a composição, sentir solidez nas mãos sem ser um peso demasiado brutal. O sistema de argola e agulha do fotômetro também é bastante simples e rápido o que faz com que eu não perca muito tempo a encontrar a exposição adequada.

FTB após quedaRecentemente tive um infeliz percalço com ela que me comprovou a resistência do equipamento. Levava-a pendurada numa correia de mão quando ela se soltou e bateu de cabeça no chão. Danos? Uma amassadela feia junto à alavanca de avanço do filme e esta não recolhe depois do avanço, mais nada.

Um detalhe que acabo por sentir é que o 1/1000, num dia de verão cheio de sol, pode ser um pouco lento. Gostava de poder subir a velocidade um bocado mais conseguir mais profundidade de campo, mas para isso já teria de ir para um outro modelo ou utilizar filmes mais lentos.

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